História da Câmara Municipal de Pancas
Foi às 15 horas e 30 minutos do dia 13 de maio de 1963 que Pancas se emancipou, desmembrando do município de Colatina, pela lei número 1837 de 21 de fevereiro de 1963. A emancipação se deu no governo do Dr. Franscisco Lacerda de Aguiar, então governador de estado do ES.
Publicado em 05/03/2014 21:35 - Atualizado em 09/01/2018 17:19
Extraído da íntegra do Jornal Pancas Hoje
Nova Sede da Câmara Municipal de Pancas.
Foi às 15 horas e 30 minutos do dia 13 de maio de 1963 que Pancas se emancipou, desmembrando do município de Colatina, pela lei número 1837 de 21 de fevereiro de 1963. A emancipação se deu no governo do Dr. Franscisco Lacerda de Aguiar, então governador de estado do ES. Ficando assim o município de Pancas com os seguintes distritos: Laginha, Alto Rio Novo, Vila Verde, e em 1980 São Lourenço passa a ser distrito chamado Palmerindo. Em 1987 Alto Rio Novo passa a ser município com o distrito de Palmerindo.
A COMARCA - No dia 14 de novembro de 1968 às 18 horas em sessão ordinária, a Assembléia Legislativa do Estado do ES, com a presença de 38 deputados, sob a Presidência do deputado José Moraes, aprovou a lei de organização judiciária do estado, que reza a criação das Comarcas de Pancas, São Gabriel da Palha e Montanha. A Lei foi sancionada pelo governador Christiano Dias Lopes Filho, no dia 23 de dezembro de 1968 que recebeu o número 2369.
No dia 7 de novembro sob a Presidência do desembargador Vicente Vasconcelos, então presidente do Tribunal de Justiça do Estado, do Governador Chistiano Dias L. Filho, do Prefeito de Pancas José Nunes de Miranda, do Juíz de Direito instalados Paulo Nicola Capolilo, do Promotor de Justiça Dr. Luiz Silva Ferreira Neves e outras autoridades, foi inaugurado o prédio de nossa Comarca, que recebeu o nome de Fórum Desembargador José Cupertino de Castro Filho. Foram nomeados para exercer o cargo de Juiz de Direito e de Promotor de Justiça, os Drs. Paulo Nicola Capolilo e Luis Souza Ferreira Neves, respectivamente Juiz de Direito substituto e Promotor da Comarca de Pancas.
Vista Aérea da Cidade.
A COLONIZAÇÃO - Afrontando febres, animais selvagens e índios, os mineiros começaram a ocupação da região no ano de 1918. Sebastião Cândido Barbosa (Sebastião Laurindo) e Sebastião Luiz de Souza foram os primeiros, mas foi entre 1925 e 1930 que chegou o maior número de colonizadores, iniciando as origens da tradição familiar capixaba. Depois de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, através de Afonso Cláudio, Santa Tereza, Santa Leopoldina, vieram os alemães. Mais tarde em 1940 os alegrenses descobriram Pancas. São da fase inicial do desbravamento: Carlos Roos, Januário Pedro Ribeiro, Franz Onesorge, Rodolfo Ferreira de Mendonça, José Alves de Souza, Alexandrino de Abreu e Silva, Antônio Olímpio da Rocha, Maria Melado Vogt, José Joaquim Pinto, Jose Sodré de Souza, João Ribeiro de Barcelos, entre outros.
OS NOMES - Nossa Senhora da Penha foi o seu primeiro nome, instalado em 15 de janeiro de 1930, e criado pela lei 1486, de 5 de setembro de 1924 com sede no atual distrito de Vila Verde e transferido para a atual cidade de Pancas pela lei 1554, de 30 de junho de 1926. Santa Luzia foi seu segundo nome, depois Vila Pancas, para chegar a Pancas em 13 de maio de 1963.
O NOME PANCAS - Fontes históricas e dados incompletos tem dificultado as pesquisa. Todavia nada impede de continuar voluntariamente, pista sobre o nome de Pancas, que a quase meio século vem provocando polêmica entre os estudiosos. A última pesquisa sobre o nome Pancas foi mostrado pelo ditador Manoel Milagres Ferreira.
Como uma homenagem ao velho e carinhoso amigo à sua formidável inteligência, oferecendo abaixo seus estudos sobre a origem de Pancas.
Nas encostas orientais da cordilheira dos Aimorés, ali pelo noroeste do ES, situa-se uma cidade e uma coletividade complementando, de muito boa vontade a região que constitui um dos mais novos municípios capixabas: "Pancas"
Não temos notícias de que algum órgão oficial ou escritor de história se tenha manifestado sobre o significado topônimo Panca ou Pancas, hora objeto de nossa cogitações. No entanto ouvimos de madeireiros e serradores de madeira, a confirmação do nome e uso de utilíssima peça de madeira e de boa qualidade, medindo o mínimo de 3,5 metros por 40 centímetros de rodo por que se remove as grossas toras cortadas nas florestas para os depósitos de engenhos de serra ou para os vagões ferroviários.
* Panca (singular) alavanca de madeira, estaca calçadeira, espeque etc;
* Pancas (plural) dificuldades apertos etc.
Os significados diferentes, pelas simples transposição para o plural revela uma das particularidades do rico idioma Luso-brasileiro, o qual é lídimo representante o filólogo Cândido e Figueiredo. Este Lecsicólogo português não altera as definições de seus colegas de cá, e ainda as aborda em dois verbetes distintos: Panca e Pancas, sendo que nessa Segunda acepção o dicionarista exemplifica o seu uso transcrevendo Camilo Castelo Branco em "Enxertada" e Afrânio Peixoto em "Bugrinha".
Em outro verbete – PALANCA – Cândido de Figueiredo e longo e explícito: versa todos os aspectos e seu uso no território de influência portuguesa d'além mar. A dita PANCA como a contração da "PALANCA" (vol 2o, 14a publicado em Lisboa e Rio simultaneamente).
Em qualquer dos dois sentidos, o vocábulo é do idioma vindo com Cabral em 1500 e se tornou conhecido na colônia, desde quando os primeiros toros de "pau brasil" foram encaminhados à Europa.
Diante desta evidência e de outros documentos, não haverá mais argumentos que dividem qualquer entrelaçamento do nome PANCAS, do município e do Rio afluente do Rio Doce, com linguajar dos indígenas Botocudos – que viveram nas abas orientais da Cordilheira limítrofe Minas/Espírito Santo – e outras vertentes para o Rio Doce.
por Jornal Pancas Hoje